Chiclete com Banana: uma religião na Avenida

“Se você é chicleteiro amor, Deus te abençoa, se você não é Deus te perdoa.”

“Se você é chicleteiro amor, Deus te abençoa, se você não é Deus te perdoa.” Essa é a mais completa tradução da religião “Chiclete com Banana”, que com seus fiéis seguidores participam de mais um culto ministrado pelo profeta Bell Marques. O dia, plena terça-feira (8) de Carnaval. O local escolhido, o Campo Grande, a Meca da religião no qual animal sagrado é o Camaleão. São pessoas de todo o Brasil que vêm prestar as suas homenagens. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, Alagoas e Tocantins tinham suas bandeiras representadas entre as inúmeras faixas de manifestações de fãs e mensagens de apoio a banda. “Amanhã fica difícil sem o chiclete”, dizia a faixa pressentindo o fim anunciado de um encontro que acontece uma vez por ano. Mas a reunião também semeia o amor. Laina Gama e Cássio Gordilho que o digam. Os dois se conheceram na gravação do DVD, em 2010, e depois disso sacramentaram casamento. “O Chiclete representa a nossa união, foi através dessa energia que nos conhecemos e com ela celebraremos para sempre a nosso matrimônio”, contam o casal, ele de Salvador e ela de Maceió. E Bell Marques nasceu mesmo para puxar o trio. Sempre com sua bandana na cabeça, mas dessa vez sem característica barba, o Rei do Carnaval tocou na entrada do Circuito Osmar diversos sucessos como “Chicleteiro Eu, Chicleteira Ela”, “Minha Inha” e a nova música de trabalho, “Dá Beijinho pra “Ficar Lisinho”. O vocalista do Bloco Camaleão recebeu ainda o prêmio da Bandeirantes de televisão como melhor cantor e melhor bloco do Carnaval de Salvador. “Carnaval é na Bahia, o resto é feriado”, afirmou o paulista Duda Amorim, e 16 anos de Bahia. O encerramento é no Circuito Osmar (Barra/Ondina) na madrugada de terça (8) para quarta-feira (9), no Bloco Voa-Voa. E quem não guenta, vá pro Asa!

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