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sábado, 5 de março de 2011

Olodum destaca a comunicação para união dos povos.

No desfile muitas cores e adereços
O relógio já marcava oito da noite da sexta-feira de carnaval quando os tambores do Olodum começaram a rufar. O batuque anunciava a estréia na avenida, do bloco que completa 31 carnavais em 2011. Desde o início da noite, centenas de pessoas se aglomeravam pelas ruas estreitas do Pelourinho, com os olhos voltados para um dos grupos de percussão mais famosos do mundo. Este ano, a banda tem como tema “Olodum veste letra”, numa homenagem à evolução da comunicação que vai desde a época dos papiros e tambores até às redes sociais na internet.

Com cerca de três mil integrantes, o bloco desfilou pelos circuitos Batatinha, no Pelourinho e Osmar, no Campo Grande, iniciando com a sua bateria no solo e depois seguindo num trio elétrico pela Rua Carlos Gomes, no Centro de Salvador.

Enquanto ainda esquentava os tambores, o Olodum proporcionou um momento mágico no Pelô. Baianos, e principalmente turistas, faziam uma verdadeira coreografia ao erguer as câmeras fotográficas para registrar os movimentos dos mais de 100 percussionistas nas ruas de terreno acidentado do Centro Histórico de Salvador.

A norte-americana, Rebeca Lowen, que veio da Califórnia, nunca viu tamanha energia. “É lindo, muito mágico e muito colorido”, disse a turista que veio a Salvador pela primeira vez.

O maior bloco afro do país mostrou mais uma vez a força do seu repertório, que já caiu no domínio do público e que foi conquistado ao longo do tempo com suas canções.

“Queremos mostrar que a necessidade de comunicação é algo inerente ao ser humano, faz parte da sua evolução e compõe a sua natureza social, sendo um fator de desenvolvimento constante da humanidade”, explica presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues.

No desfile muitas cores e adereços

Durante a passagem do bloco, ninguém conseguia ficar parado ao som dos tambores. Integrantes e convidados vestidos com abadas temáticos de cores fortes, que não foram escolhidas por acaso. Todas juntas formam a base do Pan-Africanismo, Rastafarianismo e do Movimento Reggae. “São as cores internacionais da diáspora africana e constituem uma identidade internacional contra o racismo e a favor dos povos descendentes da África”, destaca Cristina Calácio, coordenadora do Carnaval Olodum.
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